Melhores RPGs — Parte 6
29/06/12 03:16Paper Mario: The Thousand-Year Door (GameCube, Nintendo/ Intelligent Systems, 2004)
Um dos poucos anúncios que me animaram na E3 deste ano foi o do novo “Paper Mario”, que será lançado no 3DS ainda em 2012. Gosto, em graus variados, de todos os RPGs da série. “Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars” foi um dos últimos títulos bons do Super Nintendo. Desenvolvido pela Square, combinava elementos dos RPGs da casa, como “Chrono Trigger” e “Final Fantasy”, com plataforma. No Nintendo 64, a parceria com a Square foi desfeita, mas “Paper Mario”, que se inspirava diretamente no antecessor e acabou dando origem à série, é uma das pérolas do console. Seguindo a mesma mescla de RPG e plataforma, o jogo insere um Mario bidimensional — uma folha de papel — num ambiente 3D. Mais do que um elemento de estilo, “Paper Mario” transforma isso em parte integral da ação. Cenários se descolam, passagens são reveladas por mudanças abruptas de perspectiva etc.
Escolhi para este post o título seguinte da série, “Paper Mario: The Thousand-Year Door”, lançado no GameCube (sabidamente o maior console de todos os tempos), porque conta com o melhor equilíbrio entre os elementos de RPG e plataforma e também por ser, de longe, o mais criativo. A mecânica principal é como a dos anteriores: você controla o Mario e um parceiro num mundo 3D, interagindo com diversos personagens e resolvendo quebra-cabeças. Quando vê um inimigo, pode tentar fugir ou atacá-lo. No segundo caso, o jogo entra no modo de combate, que funciona como um RPG por turnos comum, mas em que você ganha um bônus se acerta uns comandos no tempo. Em “Thousand-Year Door”, há também uma plateia em cada confronto, que pode ajudá-lo ou atrapalhá-lo de acordo com o desempenho. O jogo é dividido em oito capítulos, ambientados em mundos bastante distintos. A trama deve ser a melhor variação de salve-a-Princesa que se tem notícia. Todavia, o grande barato é o uso ainda mais complexo da mecânica 2D/3D. Mario vai ganhando diversas habilidades, como se dobrar num aviãozinho de papel, se enrolar num tubo, passar por debaixo de frestas etc. A cada nova habilidade, mais lugares do cenário se tornam acessíveis, adicionando um elemento “Metroid” à mecânica. É longo, variado e raramente se torna cansativo.
O jogo seguinte, “Super Paper Mario”, do Wii, praticamente limou o RPG da série , pelo menos do combate. Mas radicaliza ainda mais essa brincadeira com a perspectiva, permitindo que você mude o próprio jogo de 2D para 3D. No geral, é divertido, mas cansativo e visualmente monotemático.
Tanto o “Legend of the Seven Stars” quanto “Paper Mario” estão disponíveis na Wii Ware Store. “The Thousand-Year Door” vendeu um bocado e saiu naquelas séries de best-sellers, o que o torna razoavelmente fácil de ser encontrado (lembrando que o Wii roda jogos de Cube, contanto que você tenha o controle).
Paper Mario do 3DS já está na minha lista de aquisições breves… muita expectativa por ele…
Esse jogo realmente é brilhante. Em termos de RPGs do Mario, o meu favorito é o Mario e Luigi 3 pro Nintendo DS, mas esse vem logo atrás e não muito distante.
O mais interessante nesse jogo é como os oito capítulos apresentam histórias independentes da trama principal, e ao mesmo tempo muito bem escritas e criativas.
E essa diversidade acaba impactando a própria jogabilidade em algus momentos, como no capítulo que se passa quase todo dentro de um trem, o capítulo no ginásio de luta livre (talvez o melhor de todos) e aquele aonde o Mario tem sua identidade roubada.
Enfim, é um jogo muito divertido e que não para de surpreender, apesar de durar longas 30 horas.
Definitivamente os melhores Marios já feitos !
Enfrentar os combo rangers na época foi um dos meus maiores desafios como iniciante de RPG.
Até hoje dou uma jogadinha no Super mario RPG do SNES, muito bom !