Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Jogatina

por André Conti

Perfil O jornalista André Conti é editor de quadrinhos da Companhia das Letras e colunista da Folha

Perfil completo

Resonance: velho novo

Por André Conti
25/06/12 13:10

Mesmo que os adventures estejam vivendo uma espécie de renascimento, poucos são os jogos que rivalizam com os grandes clássicos do gênero. Há um excesso de reverência, talvez. O humor costuma ser duvidoso. E os quebra-cabeças raramente atingem aquele ponto perfeito entre dificuldade e lógica.

Fiquei surpreso em ver como “Resonance”, da Wadjet Eye Games, a despeito do clima noventista, soube driblar essas armadilhas. O visual retrô nunca o impede de ser um jogo verdadeiramente novo, cheio de ideias boas e apuro.

“Resonance” é um thriller de ficção-científica, em que você controla quatro personagens envolvidos direta e indiretamente no mistério que carrega a trama. Sei que a comparação é óbvia, mas a mecânica lembra um pouco “Maniac Mansion”, embora o tom do jogo seja outro.

Para além de coordenar as ações desses personagens e resolver quebra-cabeças cada vez mais cabeludos (embora nunca injustos), “Resonance” traz um interessante sistema de lembranças. Todos os elementos importantes da trama passam a fazer parte da sua barra de memórias de longo prazo. Além disso, é possível arrastar dezenas de objetos e personagens para a memória de curto prazo, que dura uma cena do jogo. Desse modo, é possível falar com os coadjuvantes sobre qualquer assunto, apontar peculiaridades no cenário, pedir ideias etc.

Assim como os quebra-cabeças, essa mecânica é implantada de forma bastante lógica. Se quiser entrar no prédio abandonado, é só falar com outro personagem sobre uma janela quebrada. Imediatamente, ele te ajudar a subir. E por aí vai.

Mas fiquei tentando entender porque “Resonance” me pareceu tão melhor que outros adventures atuais. Certamente há jogos com boas tramas por aí, ou quebra-cabeças decentes. Acho que o ponto próximo entre “Resonance” e os clássicos acaba sendo a ênfase nos personagens. Embora realmente seja um thriller, você passa boa parte do tempo lidando com as questões pessoais dos protagonistas, tentando flertar, tirar vantagem de uma situação e diversas coisas outras que não vou estragar. Nisso, lembra muito os jogos da Lucas Arts, que focavam justamente nos personagens, ainda que sem prejuízo à trama. Talvez seja esse equilíbrio fino entre narrativa, protagonistas e mecânica que coloque “Resonance” num patamar acima de outros independentes.

O jogo está à venda no GOG e no site da Wadjet Eyes, onde você também pode baixar uma demo. Por um problema técnico, a versão do Steam ainda não saiu, mas quem comprar pelos outros canais ganha um código para adicionar o jogo à biblioteca quando ele sair. Eu mencionei que é baratinho? E bom demais?

Abaixo, um trailer.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
  • Comentários
  • Facebook

Comentários

  1. Meta Baron comentou em 06/07/12 at 2:56 am

    Baixei Resonance depois de ter lido uma critica muito favoravel no adventuregamers.com mas depois de jogar alguns dos cenarios iniciais acabei desinstalando do meu computador permanentemente.

    Achei a graphica, entre outras coisas, muito pior do que o jogo anterior deles, Gemini Rue, e a mecanica de jogo tambem deixou a desejar a meu ver.

    A barra de memorias de curto prazo por exemplo e’ nada mais que um inventario em jogos tradicionais e praticamente desnecessaria ja que qualquer objeto de uma cena pode ser arrastado com o mouse pra qualquer outro personagem na maioria das vezes. E a de longo prazo e’ equivalente a um log book tao popular com rpg’s e mesmo outros jogos de aventura.

    A trama propriamente dita tambem demora demais pra desenrolar.

    Um dos cenarios faz o jogador “hackear” um computador duma firma que se transforma numa prolongada e tediosa leitura de varios emails so’ para a obtencao de um simples password. Se fazer esse tipo de coisa e’ tedioso na vida real por que me obrigar a fazer em um mundo virtual tambem? Gosto de quebra cabecas que me facam raciocinar, nao ficar lendo telas e mais telas de texto que parecem ter como unico objetivo prolongar o jogo e nada mais.

    Resonance pode ate’ ser um jogo bom e divertido, infelizmente o comeco foi tal que nao tive paciencia suficiente pra poder constatar isso.

  2. Guilherme Braga comentou em 26/06/12 at 1:45 pm

    Graças ao Gog, estou podendo jogar adventures do passado que eu nunca tive oportunidade. Mesmo os jogos sairem mais barato no Steam, ainda prefiro o Gog, já que o site da Steam é meio confuso, bagunçado.

    • André Conti comentou em 28/06/12 at 8:12 pm

      Sim, a busca do Steam é um lixo incompreensível. Mas ainda acho bom ter os jogos todos organizados ali, com instalador universal etc.

      • Vinicius comentou em 01/07/12 at 12:36 pm

        Fora que o Steam, junto pelo menos os jogos da Valve, estão sendo portados pro Linux…

Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailjogatina@chorume.org
  • Twitter@andre_conti

Buscar

Busca
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).