Por favor, jogue King of Dragon Pass
25/05/12 16:36Um dos objetivos declarados desse blog era convencer mais gente a jogar “King of Dragon Pass”, sabidamente a maior diversão que se pode ter em frente a um computador. Mas é um jogo meio chato de encontrar e de rodar em máquinas modernas (por conta da resolução original), então fui deixando para frente.
Nesse meio tempo, a A Sharp, produtora do original, levou KoDP ao iPhone e ao iPad, de modo que acabaram suas desculpas para não fruir d’O Jogo. Todavia, embora tenha sido lançado em 1999, só fui conhecer KoDP há uns três anos, apresentado por um amigo. Quanto tempo eu perdi.
KoDP é essencialmente um jogo de texto (com imagens estáticas), talvez a expressão mais completa de “história interativa” que se possa ter. Ambientado em Glorantha, o mundo ficcional das séries HeroQuest e RuneQuest, KoDP coloca você no controle de um dos muitos clãs bárbaros que habitam a região, por meio de um conselho de sete líderes. A cada estação, duas decisões grandes podem ser tomadas. Ao mesmo tempo, centenas de eventos aleatórios, sejam eles diplomáticos, religiosos, militares ou cotidianos, por exemplo, precisam ser resolvidos. Os eventos consistem basicamente de escolhas (ajudar uma tribo vizinha ou barbarizar geral?), e cada uma dessas decisões pode impactar os eventos seguintes, por décadas a fio. Dependendo dos atributos dos seus líderes, o resultado do evento também muda. Com isso, as possibilidades narrativas se tornam infinitas.
E devidamente registradas. Conforme avança nos anos, KoDP vai compilando automaticamente uma saga do seu clã. A história será única a cada partida, e embora o jogo tenha um objetivo, por assim dizer, são as centenas de pequenos cacos e acasos que tornam a experiência em algo singular.
Não sei bem dizer o gênero de KoDP. Há elementos de estratégia, certamente. RPG, também. Bastante diplomacia. Questões teológicas. E um tanto daqueles livros do tipo você escolhe o final. Tudo integrado de forma bastante natural, só com menus, desenhos e texto. Muito (mas muito) texto. Pode não ser pirotécnico como “Mass Effect”, por exemplo, mas se você ficou frustrado com o terceiro episódio da série, e com o peso que suas decisões acabaram tendo no plano geral, este ainda é um dos melhores exemplos de como fazer aquilo direito.
Para quem enxerga bem e não se incomoda com texto pequeno, há uma demo da versão do Windows. O bom povo da A Sharp também vende cópias em CD-R do original. Na App Store da Apple sai por US$9,99.
Comprei KoDP assim que saiu pro PC por causa das boas criticas mas nao me liguei ao jogo por ser um estilo muito diferente do que eu costumava jogar (na epoca) e o fato de conter tanto texto que, apesar de muito bem escrito, faz com que o jogo progresse a passo glacial.
Mas assim como o Planescape: Torment, um RPG da Bioware para o PC que saiu na mesma epoca, eu so’ vim aprecia-los depois de algum tempo e agora ambos se encontrariam na minha lista de melhores jogos dos ultimos tempos. Nao tenho iPod nem iPad (sou fanboi do Android 🙂 mas agora quase que gostaria de ter um so’ pra poder matar saudades do KoDP.
Bom, enquanto “Botanicula” não sai pra iPad, vamos lá baixar esse negócio.
Tenho um iPad e adorava aqueles livrinhos de escolher o próximo passo. Vou comprar hj a noite o jogo.. se achar ele meia-boca vou mandar a conta pra Folha…
Baixei e estou gostando!! Já entrei uma madrugada mais do que tinha me planejado…
Mas também não me pareceu tão revolucionário assim..me pareceu um jogo de estratégia em turnos básico, com maior frequencia de eventos aleatórios. Vamos ver no longo prazo o tal efeito das pequenos decisões e ver se faz mta diferença mesmo…
Sim, um dos baratos é o efeito das decisões a longo prazo. Também não acho uma revolução nem nada, só uma mistura muito hábil de gêneros que eu gosto. Mas fico feliz (demais) que alguém tenha jogado.
TOP 5 ETERNO. Que saudade. Patch para resoluções atuais, por favor.
OBRIGADO por me apresentar à glória que é KoDP.
TOP 5 ETERNO