Como era bom o nosso Mega Drive
17/05/12 19:03Mencionei “ToeJam & Earl” no último post e sofri crise imediata de nostalgia. Como era bom o Mega Drive. Nenhuma daquelas fotos mal-impressas que começaram a aparecer antes do lançamento podiam fazer justiça ao salto teconológico empreendido pela Sega. Do rise from your grave ao welcome to your doom do “Altered Beast”, havia um mundo de novidades, que ia além do mero avanço gráfico.
Mesmo se portando inicialmente quase feito um fliperama caseiro — tanto “Altered Beast” quanto “Golden Axe”, por exemplo, eram adaptações —, o Mega logo migrou para gêneros mais exclusivos a consoles, como RPG (“Shining Force”, a série “Phantasy Star”) e plataforma (“Castle of Illusion”, “Sonic”).
A tentativa de emplacar um mascote, que tinha tudo para desembocar num clone apressado de Mario, deu num jogo totalmente original que, salvo raríssimas exceções, nem a própria Sega conseguiu mais imitar. Basta ver como o novo “Episode 2” se porta em relação à “Sonic 2”, que pretendia homenagear: o equilíbrio entre controle e velocidade simplesmente não é o mesmo.
E, antes de o SNES roubar quase todo o espaço (pelo menos pra mim, que era viciado em jogos da Square e da própria Nintendo), houve ainda “Lakers vs. Celtics”, “Streets of Rage”, “Alien Storm”, “Shinobi 3”, “Wonder Boy in Monster World”, “Moonwalker”, “Kid Chameleon”, “Strider” e “Decap Attack” (desculpa). E mais uma porção de coisas.
A começar por “Starflight”, que deve estar entre os jogos em que mais gastei tempo na vida. Descobri por acaso, numa locadora, e depois acabei comprando. Foram semanas e semanas de investigação árdua, falando com todos os habitantes do cosmos, tentando seguir cada fio de história. Longo, aberto e infinitamente explorável, “Starflight” é um antecessor de “Mass Effect” para quem gosta de mapas e diplomacia extrema.
Mesmo nos jogos de esporte, dos quais não sou muito fã, o Mega se distinguia. Lembro daquele “Super Volleyball”, um jogo razoavelmente besta e simples, em que as partidas eram disputadas na horizontal. Não tinha nada de excepcional, mas era totalmente viciante e ainda te deixava criar os próprios times. E ainda acho “Lakers vs. Celtics” o maior jogo de esportes de todos (não deve ser, mas enfim). Até “NHL 94”, de hóquei, a modalidade mais desinteressante que há, rendeu noites e noites de disputas.
E havia “ToeJam & Earl”. Sei que não há nada de espantoso no jogo, afora o gerador randômico de fases, que era novidade na época. E sei que ele foi muito carregado pelo carisma dos protagonistas e pela trilha maravilhosa. Em retrospecto, não é um jogo que trouxe nada de novo à mesa ou que marcou particularmente qualquer coisa. Mas “ToeJam & Earl” foi, sei lá, meu “Diablo II”. Mesmo conhecendo as piadas e os macetes, continuei voltando a ele muito tempo depois do lançamento.
Aliás, não vejo porque não ligar o Mega Drive agora e jogar um pouquinho.
O Mega Drive realmente teve ótimos jogos: Road Rash 2, AfterBurner 2, Super Monaco GP, Pit-Fighter, Golden Axe, Rock ‘N Roll Racing, Super Ghosts`n Goblin, Street of Rage 2, Strider. Me lembro de um jogo no estilo de Street of Rage chamado Cyborg Justice. Você era um cyborge e no inicio do jogo podia escolher quais as partes do corpo você usaria: , o corpo, braços com diferentes tipos armas e pernas com vários estilos de mobilidade. Só que durante os jogos você podia arrancar partes dos outros cyborges e trocar pelas suas. Foi uma idéia bem original e muito divertida, ainda mais com dois jogadores, que se me lembro direito podiam arrancar as partes um do outro também. Dá pra ver como era em: http://www.youtube.com/watch?v=ZtiXaUU0I2U
Só para completar, realmente Toejam and Earl foi revolucionário.
Nesse site tem vários jogos de Mega-Drive: http://videogamecritic.net/gen.htm
Até hoje jogo Street of Rage 2 no Nintendo Wii.
Acho que você foi um pouco ‘modesto’ ao comentar de NHL 94, que na verdade é uma cópia de NHLPA ’92. Para mim esse e Lakers x Celtics (ou Bulls vs Lakers), foram e são os dois MAIORES jogos de esporte que já existiram. Não era sua ‘beleza gráfica’, mas só o fato de você fazer um gol e tocar a sirene no Hockey ou você arremessar de 3 pontos e o narrador gritar: THREEEEEEEE!!. Ou quem sabe, as enterradas programadas de cada jogador, com o Karl Malone colocando a mão na nuca, o Patrick Ewing quicando a bola no chão e enterrando, o Dominique Wilkins enterrando do garrafão ou o Michael Jordan fazendo o Air Jordan. ESSES, meu amigo, ERAM JOGOS DE ESPORTE. Hoje o que temos é a questão gráfica acima de tudo, e a luta para ter um jogo igual ao outro. Não temos mais ícones no Hockey ou na NBA, que ‘fazem a diferença’ de antigamente, o que também prejudica alguma novidade. Tanto que o NBA 2k11, abusou de times clássicos, com o MJordan na capa.
Mesmo depois de já ter entrado na febre dos jogos de computador, quando ia para a casa de praia de meus pais, desenterrava o meu Mega Drive. Relaciono todos os títulos acima como sendo do meu dia-a-dia, mas o que mais me orgulho era de ter o jogo “Dune: The Battle for Arrakis” original… não sentia falta de mouse, por incrível que pareça, e é claro, finalizei o jogo com as 3 facções – nunca gostei muito de praia mesmo.
Só jogue “Dune 2” no PC. Um dos únicos RTSs que gostei na vida.
Dá uma olhada na criança:
http://www.youtube.com/watch?v=V426FEMaZh0
André, o Super Volleyball era simples só na aparência, pois ele na verdade permetia criar táticas e manhas na hora de você atacar ou defender! Tinha uma certa complexidade.
E bem lembrado o Lakers vs Celtic, dos jogos de basquete “sérios”, deve ter sido o melhor de sua geração (falo “sério” pois tinha o ótimo NBA Jam também, mas era mais arcade e “zoado” mesmo).
Aliás, lembrei de uma ótima fita também que tinha os três jogos de esporte, era uma fita japonesa se não me engano (tinha uns dizeres japoneses na frente e uma colagem tosca atrás).
Além do Super Volleyball e Lakers vs Celtics, tinha um jogo de futebol da copa de 90 que, apesar de ruinzinho, era muito engraçado!
Você passava rodo na galerinha e o cara “amassotava” no chão, e quando você fazia gol, vinha um voz muito caricata e ALTA gritar escandolasamente “goooool”.
Era bem divertido, bons tempos.
(E o Super Volleyball eu já vi em arcade, numa versão idêntica a do Mega Drive – creio que a versão do Mega seja adaptação).
Aliás, por falar em vôlei, lembrei também de um ótimo para Master System, de cujo nome não me lembro, mas que impressionava bastante na época, por ter bons gráficos e uma visão lateral bem fiel à quadra.
Kid Chameleon completa 20 anos de lançamento em 2012. Tô ficando velho. Comprei uma coletânea de jogos pro PS3 chamada Sonic Ultimate Classics Collection com 40 jogos e mais uns extras. Tem pra Xbox 360 também. Outro clássico do console é a série Strike (Desert Strike , Jungle Strike e Urban Strike). Valeu pelas lembranças xará, tô sempre passando por aqui!
Poxa, o Mega tem diversos grandes clássicos, foi um dos grandes videogames de todos os tempos. Na minha opinião, inclusive, foi o melhor deles. Levando em conta o gosto pessoal, claro!
Uma pena que depois dele a SEGA não acertou mais. É uma empresa que faz falta no ramo dos consoles, algo inegável.
Não entendi o “desculpa” de Decap Attack. O jogo na minha opinião é bem bacana.
De fato fiquei com vontade de ligar meu Mega também, só preciso buscá-lo na casa dos meus pais antes! hehehe!
Um jogo que recordei foi Monica na Terra dos Monstros. Simples, rápido, razoavelmente fácil mas garantia horas de diversão.
Fugindo desses generos, alguém aí chegou a jogar o Dr. Robotinik’s Mean Bean Machine? Meus pais são viciados nisso até hj. Só não substitui o truco na jogatina de fim de ano qnd reune todo mundo.
E só uma reclamação: como assim não foi citado Road Rash?
Fui ver aqui e não sabia que o DRMBM era o primeiro PUYO PUYO ocidental. Mas não consigo jogar nem em câmera lenta. E “Road Rash” eu não gostava, de novo porque jogava muito: mal.
CENTURION
Não vale porque só joguei em emulador anos depois. Em nota moderadamente relacionada, nunca soube que o “Defender of the Crown” tinha saído no GBA. Que jogo bom, acabei de colocar aqui no meu. Vou usar a música de abertura como toque do celular.
Eu tinha o cartucho original da EA *lágrimas*
BOY DE MANAUS.
Haha. Eu já morava em Porto Alegre desde dezembro de 1984.
Troquei (ou comprei, não lembro) de um conhecido MULTINACIONAL que tinha ganho de presente da avó americana e odiado o jogo (herege).
Po.. nunca zerei Shinobi 1
Para mim o melhor jogo de esportes de todos os tempos é International Super Star Soccer pirateado em espanhol.
Em segundo eu colocaria NBA Jam.
Como disse o André: nem devem ser, mas enfim.
Allejo maior que a vida.
Streets of Rage, Sonic, Wonderboy in Monster World, Castle of Illusion, dentre tantos outros, são bons mesmo. Me diverti muito com o Toe Jam & Earl, mas o 2 foi uma decepção. Castle of Illusion é até hoje um dos melhores jogos do Mickey Mouse. As adaptações dos jogos de fliperama da Sega (Altered Beast, Golden Axe, Out Run etc) também foram muito competentes. Um dos meus jogos favoritos de Mega Drive se chama Zoom! e o acho divertido e original até hoje. Para quem quiser jogar todos esses jogos num aparelho portátil de boa qualidade, eu recomendo o MD Play, que é um produto oficial da Tec Toy, vem com 20 jogos de Mega Drive na memória e aceitas todos os outros (apenas Mega Drive/Genesis) num cartão SD.
Perdia o dia jogando streets of rage!
Nossa, era demais e até depois que lançaram um “fake” de KoF com base nele para Dreamcast eu não parava de jogar, muito viciante.
Outra boa pedida era os Shinibi’s, juro que nunca vou esquecer esta época que, junto ao SNES foi a época de ouro dos games !
Gráfico ? que nada, de que adianta se o jogo é ruim !?! ainda hoje perco horas e horas em emuladores e depois que isso está ao alcance de nossas mãos… Vai uma folguinha do trampo aí ?
Desculpa pelo Decap Attack??? Era fantástico! 😀 Nunca consegui zerar Kid Chameleon…
Kid camaleon foi um dos melhores jogos que já joguei! Tambem nunca zerei, e consegui chegar no último chefão apenas 2 vezes (uma delas por macete) … mas nunca o derrotei…
André, o Mega Drive foi o único video game que tive, e o joguei até depois do lançamento do ps1. Era uma época em que os jogos eram muito divertidos e menos complexos, ao contrário dos de hoje. Gastei dias e dias jogando AfterBurner, Super Monaco GP 2, Sol Deace, Chuck Rock, Quack Shot entre outros. Lembro de um RPG, o The Immortal, o qual eu sempre tentie seguir adiante, mas nunca passei da primeira fase… Ainda bem que temos os emuladores pra vivermos um pouco a nostalgia!
Quack Shot! Grande lembrança. Chuck Rock também era bem legal.
Acho que a geração 16 bits foi a que mais fez sofrer os jogadores. Sofrer de duvida.
Quem tinha um Mega se arrependia por não poder jogar Super Mario World, Mega Man ou Street Fighter II.
Mas quem tinha um SNES… Como viver sem Golden Axe, Streets of Rage ou Altered Beast?!
Impossivel escolher. Eu mesmo deixei essa tarefa para Papai Noel.
Até pode ser, mas nada foi melhor do que chegar em casa com um cartucho novinho em folhas, comprado na Americanas, e plugá-lo no Atari. O formato da mídia pesa muito, mas muito mesmo, neste tipo de recordação.
Anos depois, ficar babando por um jogo de MSX, era o “gas”.
Mas, ainda melhor do que tudo isso, sem dúvida, ao menos para mim, era jogar Galaga ou Asteroids numa máquina de fliperama. Esse sim, o Oscar da nostalgia dos videogames. Jogar em pé, fora de casa, com a “moçaids” em volta, e pagado caro por isso, era o canal. Uma nave destruída doía no bolso – do pai da gente, é claro !
Acho que você foi humilde falando do impacto de Toe Jam e Earl, que tem todas essas qualidades que você falou, mas também tem um objetivo de jogo não muito comum entre os jogos da época – e até mesmo hoje é difícil apontar um sucessor digno da série, motivo pelo qual tantos lamentam que nunca tenha havido um remake ou port do jogo para outra plataforma. Outra coisa que considero revolucionária para a época – e pouco imitada ainda hoje em dia – é a possibilidade de ação paralela via split screen, no que você pode dividir a exploração de forma independente com um colega. Um clássico.
Pelo que li, os direitos sobre “ToeJam & Earl” reverteram ao criador. Não significa muito, porque as duas sequências são tenebrosas, mas quem sabe ele não se anima com pelo menos uma versão HD?