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Jogatina

por André Conti

Perfil O jornalista André Conti é editor de quadrinhos da Companhia das Letras e colunista da Folha

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Melhores RPGs — Parte 3 (e Fallout de graça)

Por André Conti
07/04/12 22:20

Ia deixar para escrever sobre “Fallout” depois, mas o GOG.com anunciou algumas mudanças no perfil do site e, para comemorar, está oferecendo o jogo de graça até amanhã, domingo, ofereceu o jogo de graça durante a Páscoa.

Fallout (Windows, Interplay, 1997)

Não tenho nada contra “Fallout 3”. Mas achei meio fora do espírito da série e não dei bola, mesmo gostando muito de outros jogos da Bethesda. Também não acompanhei direito as notícias sobre a continuação, e só fui saber depois que o Chris Avellone, um dos principais designers da Black Isle, tinha trabalhado em “Fallout: New Vegas”. Mas enfim, impossível negar que “Fallout 3” seja um jogo tecnicamente impressionante (cinco mil bugs à parte). O problema é que, salvo em um ou outro momento, não tem senso de humor. E talvez seja essa a qualidade mais duradoura do “Fallout” original: o humor. Não que o jogo em si tenha algo de convencional, muito pelo contrário. O próprio sistema deixava de lado o onipresente Dungeons & Dragons e era baseado no GURPS, um RPG de mesa mais flexível que o rival. No fim, a Steve Jackson Games ficou preocupada em associar seu GURPS a um jogo violento (o RPG de mesa já era visto como uma atividade suspeita e potencialmente satânica) e puxou o carro. A Interplay teve de fazer mudanças aqui e ali, mas a verdade é que o sistema de “Fallout” incorpora o que há de melhor no GURPS: liberdade de criação, habilidades variadas, inúmeros caminhos e a possibilidade de transitar fora do eixo Tolkien/ Terry Brooks. Ainda assim, “Fallout” não foi o primeiro RPG mais livre (dá para chegar ao fim praticamente sem matar ninguém, ou matando todo mundo, por exemplo) ou baseado num gênero fora da fantasia. O que ele tinha de verdadeiramente único era o humor corrosivo, o cinismo desenfreado, a visão oblíqua e negativa de mundo. Uma ironia democrática, ao mesmo tempo sofisticada e rasteira, mas quase sempre no ponto. Tudo isso vale também para o segundo volume da série. Há ainda um jogo de estratégia, “Fallout Tactics”, ambientado no mesmo universo. Os três estão disponíveis no GOG.com, a preços camaradas.

O terceiro Fallout, codinome “Van Buren”, foi cancelado quando a Interplay ficou mal das pernas e passou a licença adiante. “Fallout 3” da Bethesda levou o combate isométrico dos originais para a primeira pessoa, e foi aclamado pela crítica. Não cheguei ao fim e nem joguei “New Vegas”, feito pela equipe do “Van Buren”. Preconceito idiota, remediarei.

E para quem ainda joga GURPS (vocês existem?), um livro de regras baseado no universo de “Fallout”, em pdf.

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Comentários

  1. sandro comentou em 17/04/12 at 6:53 pm

    Joguei Fallout até a parte em que travou!

    Ficou somente a sensação de “tempo perdido”, pois travava toda vez que entrava numa casa pra seguir com a missão principal.
    mesmo atualizando, não dava certo.
    Daí desanima.
    dolorido era quando tinha que dar reset na maquina..

  2. Thiago BH comentou em 12/04/12 at 9:42 am

    André, vc poderia mencionar também os bons rpgs feitos pela extinta LucasArts (como a série “Monkey Island”, p.ex.).

    • André Conti comentou em 12/04/12 at 10:37 am

      Falei deles aqui: http://jogatina.blogfolha.uol.com.br/2012/03/06/os-dez-melhores-adventures-sierra-e-lucas-arts/

  3. Elefante comentou em 10/04/12 at 4:10 pm

    Sim, GURPS vive.

    • Thiago BH comentou em 12/04/12 at 9:40 am

      GURPS é bacana.

  4. feio comentou em 09/04/12 at 8:32 pm

    Agora sim.

    Esse cara sabe muito.

    Faltou apenas algumas notas sobre o universo de fallout 2, e a contextualização, pois o motivo que leva a jogá-lo, não é o fato de ele ser um bom rpg, mas ter uma história brilhante, num mundo pós-apocalíptico fantástico, e que passa pela contextualização das sociedades – desde a tribo de Arroyo -; à anarquia de New Reno; à Nova República da California; à vassalagem de castas de Vault Cilty; à escravidão e ao canibalismo.

    • pedro comentou em 17/04/12 at 1:53 pm

      realmente….fallout é incrivel…..eu nunca joguei nada parecido.

  5. gus. comentou em 09/04/12 at 1:31 pm

    Fallout é animal! O Fallout 3 é muito diferente, mas eu gostei bastante também! Só achei que a Bethesda se esforçou pra fazer um mundo gigantesco mas não deu muito conteúdo a ele, muito sub-explorado o potencial que poderia ter. Espero que o New Vegas tenha mais quests e um melhor uso do mapa enorme, nao joguei ainda. Será que tem coisa nova da franquia em produção?

    • André Conti comentou em 09/04/12 at 1:41 pm

      A Bethesda acabou de ganhar na justiça uma longa pendenga sobre Fallout Online, que a Interplay estava desenvolvendo. Fora isso, eles sempre disseram que a ideia era transformar Fallout numa franquia como Elder Scrolls, com jogos novos sendo lançados a cada tantos anos.

      • pedro comentou em 17/04/12 at 1:52 pm

        fallout é sem duvida um dos melhores jogos ja feitos pelo homem. fallout 3 é uma oportunidade de ver o mundo varios anos depois dos acontecimentos de fallout 2, o jogo é muito bom, a historia é assustadoramente boa, tem muitos bugs, ok, eu nao me ligo nisso, gosto de me divertir. fallout 3 vc entende basicamente tudo que vc passou pra chegar ao final dos outros fallouts. o new vegas tem cara de expansão, mas se passa se nao me engano cerca de 100 depois anos do fallout 3, no deserto de mojave. honestamente, opinião pessoal, só uncharted consegue ser melhor em questão de historia e etc, pq o new vegas nao fica atras, trocentos finais diferentes, muito dificil se vc se propor a zerar no hardcore mode, que é um modo em que se por exemplo seu personagem nao beber agua todo dia ele morre de desidratação. vale a pena perder o preconceito e jogar.

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