Testando "Diablo III"
04/03/12 23:08Lembro de ter jogado bastante “Diablo II” na época do lançamento, há mais de dez anos. Foi uma das primeiras experiências online divertidas, e o single-player era imediatamente viciante. Desisti depois de algum tempo, mas o culto a “Diablo II” persiste forte, com servidores cheios e um grande mercado de itens do jogo sendo vendidos a dinheiro de verdade.
Não é de se espantar que a sequência esteja demorando tanto. Os jogos da Blizzard são feitos para durar: basta ver o “Starcraft” original e, obviamente, “World of Warcraft”. Eles demoram a sair porque são infinitamente testados e ajustados, até que a base esteja sólida o suficiente para que possam se preocupar com o produto final. Mesmo no caso de “Diablo”, onde a ação é aparentemente simples (clique e mate, em suma), essa profundidade do sistema de jogo — o equilíbrio entre as classes, o dano adequado de cada arma e magia, as combinações entre personagens etc — é que é responsável pela longevidade e pela grande massa de fãs.
Confesso que sempre fico de fora do entusiasmo com os lançamentos da Blizzard. Não gosto muito de MMORPGs (embora esteja testando o “The Old Republic”), o que já me exclui de “World of Warcraft”. E, por mais que tente, simplesmente não me entendo com estratégia em tempo real — a palavra congestão vem à mente —, então nem me arrisquei em”Starcraft 2″. Fiquei curioso com os trailers de “Diablo III”, mas prefiro RPGs para um jogador só, como “Skyrim”, e o foco no mulitplayer me desanima um pouco. Todavia, como disse, me diverti horrores com “Diablo II”, e estava animado com a perspectiva de jogar a versão de testes da sequência.
“Diablo III” perde pouco tempo com apresentações. Depois de escolher uma entre cinco classes (mago, bárbaro, monge etc), o jogador cai direto num vilarejo sendo ocupado por mortos-vivos. Daí em diante, parece que não se passaram dois meses entre esse e o último lançamento: conversa com um, fala com outro e logo as hordas começam a brotar do chão. Mesmo sem ter encostado em “Diablo” nesses anos todos, fiquei imediatamente à vontade com os controles. Em menos de uma hora, já estava com os bolsos cheios de tesouros e perdido num calabouço. Três horas depois, eu me prometia jogar “só mais um pouquinho, até subir de nível”. E de novo, e de novo.
Claro que há diferenças entre “Diablo III” e o antecessor. O sistema de progressão foi refeito e ficou mais flexível. O jogador pode manter umas poucas habilidades ativadas ao mesmo tempo, mas alternar entre elas é simples e rápido, o que facilita na hora de adaptar o personagem a uma determinada situação. E cada habilidade pode ser melhorada e modificada conforme você avança, variando ainda mais as ações.
Um item no inventário agora converte tesouros inúteis em ouro, para que você não seja obrigado a voltar aos vendedores a cada meia-hora. Outro item quebra os tesouros em componentes, que o jogador pode usar para criar novas armas, capacetes etc. A Blizzard parece ter tido sucesso numa coisa que, se soa simples, é brutal e demolidora quando dá errado: desobrigar o jogador das partes chatas de um jogo.
Sempre ouvi que os gráficos não são o forte da série, mas achei “Diablo III” bonito e apropriadamente soturno. Os calabouços e labirintos são gigantescos, e se você é como eu e gosta de percorrer cada cantinho, prepare-se. Grande parte do cenário e dos objetos é destrutível, o que adiciona ao clima. Depois de uma pendenga particularmente sangrenta, é legal ver a poeira baixando e notar que o cenário virou outro. O design dos personagens, pelo menos nas áreas que joguei, é mórbido e inspirado. Acendi um cigarro para cada encontro com os Grotesques, uns zumbis gordos e sebosos que lembram o vilão do filme “Duna”.
Por enquanto, joguei apenas no modo single player. Até tentei sair em bando, mas não encontrei ninguém e acabei voltando para a campanha solo. Pelo que lembro de “Diablo II”, esse parece um pouco mais focado nos elementos de RPG, ainda que seja basicamente um jogo de ação. Há missões paralelas e muita gente para se conversar, mas o grosso é percorrer os labirintos e masmorras atrás de tesouros.
Na versão final, será implementada uma área de venda de itens, onde os jogadores poderão gastar (e ganhar) dinheiro de verdade dentro do próprio jogo. Segundo a Blizzard, as transações ocorreriam de qualquer forma, então a ideia foi criar um sistema que permita algum controle. Mais polêmica é a trava digital de “Diablo III”, que não aceitará partidas offline, mesmo no modo para um jogador. A alegação é que seria uma forma de proteger o multiplayer dos trapaceadores, mas, como recurso antipirataria, esse DRM é um retrocesso imenso.
Outra decisão estranha foi proibir as modificações dos usuários. Uma das razões pelas quais “Diablo II” sobrevive é porque ele foi (e continua sendo) modificado e ampliado pelos jogadores. Parece que, num jogo tão voltado à cultura de PCs, é justo desperdiçar uma das grandes vantagens de se jogar no PC. A Bethesda integrou “Skyrim” ao Steamworks, um sistema dentro do próprio navegador do Steam onde você escolhe as modificações que quer aplicar ao jogo, com direito a ranking e outras ferramentas. Ao mesmo tempo, ofereceu gratuitamente aos jogadores o aplicativo de criação que eles próprios usam no jogo. Em poucos dias havia milhares de mods disponíveis. Sei de gente que tinha “Skyrim” para console e foi atrás da versão de PC por conta disso.
Mas o jogo em si parece um grande acerto. Falando como um não-fanático pela série, ele equilibra nostalgia e inovação em doses suficientes para atrair novos jogadores, cativar os mais antigos e trazer de volta quem já perdeu alguma madrugada jogando “só mais uma horinha”.
“Diablo III” segue sem data oficial de lançamento e nem preço definido. Por enquanto, foram anunciadas versões para Windows e OSX.
Aqui, um vídeo que resume bem as novidades:
Belo texto, exceto pela parte em que você acende um cigarro cada vez que vê um gordo hahaha
Bom saber que mais gente além de mim não gosta multiplayer online rs. Bom texto sobre o jogo, eu joguei desde o primeiro, certamente vou comprar e jogar esse também mas não tenho mais ansiedade nem expectativas com relação a seu lançamento.
Cara tbm nao curto muito jogar online nao, gosto meter porrada sozinho msm, e viciado q sou no DII, tenho ctz q perderei meus domingos (unico dia folgado pra jogar, e q aliás já os perco com o DII).
Achei uma análise bem superficial, e como outros colegas já disseram, foi feita em cima de uma versão muito antiga do beta. Muitas das funcionalidades citadas não estarão presentes no jogo final, o que pode causar confusão em algumas pessoas. Mas é um ótimo texto e em um lugar de destaque. Tenho acompanhado a trajetória do jogo a muito tempo e vejo que a midia “gamer” brasileira tem dado pouco destaque para o que vem acontecendo.
O beta teve ao todo 14 atualizações até o momento, entre funcionalidades pequenas e grandes, muitas delas modificadas graças ao feedback da comunidade para a Blizzard.
Espero que o jogo seja um sucesso e que possa ver mais textos como este, e que também o mercado brasileiro acolha a blizzard para que tenhamos obras primas como diablo, starcraft, wow sendo regionalizados e com servidores brasileiros.
Grande abraço.
Quando vai lançar?
Não existe data definida ainda.
15 de maio !!!
http://www.pcgamer.com/2012/03/15/diablo-3-release-date-set-for-may-15/
Ótimo texto, é bom ver a critica de pessoas que sabem ser imparciais, normalmente as pessoas gostam de um jogo e ficam comparando os outros jogos com ele.
Cada jogo tera os seus fãs, por pior que seja, e devemos respeitar a opinião alheia, eu por exemplo não gosto dos jogos de futebol do PS3 mas nem por isso falo que são ruins, pois sei que tem muitos que gostam, e o Diablo 3 não tem nem o que falar… só por ser da Blizzard ja da pra saber que não é pouca coisa! Quando a empresa é boa vale a pena comprar o jogo nem que seja pra arriscar!
Alguem tem alguma noticia sobre quando o pessoal da Blizzard vão lançar o jogo?
ok… eu QUERO o D3 agora!
jogo desde o primeiro… perdi o segundo e tive que comprar pelo site da blizzard..
em relação a grafico, pra quem joga desde o primeiro, o ultimo foi um salto enorme!!
e vlw por me avisar que vou gastar muito tempo nos labirintos! haahahha tem que ter ctz que não está perdendo nada ali…
e um item para transformar itens inuteis em ouro seria MTO bem vindo… perco mto tempo indo e voltando….
de qualquer maneira, tenho q ficar no aguardo né? parabéns pelo post
Bom Dia uol, ótimo post.. mas por favor, arrumem o título.. “Nostagia” não dá para aguentar né… Obrigado.
Já existe uma data oficial para o lançamento? Eu era fanático pelo Diablo II e não vejo a hora de jogar o III
Ainda não anunciaram, mas deve ser no primeiro semestre.
“Diablo 3” será lançado em 15 de maio por US$ 59,99, anunciou a Blizzard. A pré-venda do game começa nesta quinta-feira (15).
😀
É, vou falar que eu não estava muito afim do D3 uma vez que no “começo” havia muitos rumores. Agora que está um pouco mais concreto, começou a aparecer tanto coisa sobre o BETA quanto Maps para Warcraft3 com o estilo que vai ser o D3.
Mas muitas mudanças que eu ouvi, li, eu gostei, porem, apesar de ser uma forma de proteger o próprio jogo, esse esquema de só poder jogar online, eu acho uma baboseira!!!!
Quantos jogos online que temos hoje, não só os MMORPG’s da vida, e existe inumeros hacks/cheats?
Uma forma que eu acredite que não seja fácil, mas é segura e confiavel contra esses tipos de jogadores, seria que nem a inovação do LOL ( League of Legends), lançar uma atualização por semana….
Mas valeu, gostei muito da materia, e espero que quando lançar eu tenha alguem la fora para comprar para mim, apesar que talvez não seja diferente o preço, não sei se será lançamento mundial né !!!!
Ótimo texto. Com certeza bem esclarecedor para iniciantes e amantes desse jogo.
Gostaria de ver alguim artigo seu falando sobre o Atlantica Online da Ignited Games. Fica a dica, caso ainda não tenha conhecido.
abraço
Gostei mto do preview André Conti! Já me deu vontade de embarcar em mais umas madrugadas de jogatina… E mais: cara vc é mto educado, deu pra perceber acima! Abraço!
Realmente existia o item Cauldron of Jordan que transformava o item em gold. Não me lembrava dele.
ótário
0t@ri0!!!
Parabéns!
OTÁRIO!!! HAH HAH HAH!
Amigo provavelmente vc jogou o beta antigo a mais de 2 meses
Sou participante do beta e algumas das coisas que vc falou ja nao existem a alguns meses. Quando falar de um beta por favor poste a versão ou pelo menos avise a seus leitores que não se trata do jogo final.
Opa, avisei que era beta. De fato, depois de dois dias ele fez uma atualização grande e certas funções sumiram (outras voltaram depois). Mas não fiquei me atendo às questões técnicas justo por ser uma versão de testes. Abraço.
Entendo. meros detalhes tecnicos que nao tem impacto nenhum sobre o jogo.
A nao ser que mudou toda a arvore de talentos, nao existe mais esse item para quebrar os equipamentos em materiais. Nunca existiu um item para transformar itens em gold(vc realmente chegou a jogar o diablo 3?). E em termos gráficos a Nvidia lançou a umas 3 semanas o novo driver que da suporte ao ambient occlusion o que deixou o jogo muito mais bonito. Mas sao meros detalhes tecnicos sem impacto no jogo, nao é?
Na primeira passada pelo beta, ganhei um item que ficava no canto inferior do inventário, e que fundia os itens em ouro. E depois de um tempo apareceu a opção de mexer com blacksmithing, mas não investi. Depois joguei com o bárbaro e não veio, mas fiquei testando outras coisas. E de fato, o jogo é muito bonito, como eu disse. Sobre os detalhes técnicos, quis dizer que o jogo ainda vai mudar bastante até o fim, algumas coisas vão voltar e outras vão sair, como eles mesmos declararam. Usei a versão que foi fornecida pela Blizzard. E certamente continuarei jogando e comentando aqui. Foram, como eu disse, as primeiras impressões. Abraço
Antigamente tinha um companion que vc podia vender seus itens. Mesmo sendo so detalhes nao deixa de ser interessante para os gamers. Recomendo jogar com o Demon Hunter que tem umas das mecânicas mais interessantes. O multiplayer é bem legal e aumenta um pouco o nivel de dificuldade.
Poisé, você é a segunda pessoa que me recomenda e diz que é bem diferente. Testarei.
Olha………… tiro o chapéu pro blogueiro. Não conhecia, mas eu teria perdido a linha com a sua arrogância, prepotência, péssima educação já de cara. Parabéns a ele, MESMO! É incrível como tem gente babaca e doente que perde tempo publicando tolices/trollices e é ainda mais incrível ver esse povo ter uma resposta elegante e educada, apesar de.
Muito bom o texto no Tec de hoje, André. Três fichas no chefe era um número dos bão nas melhores fases do Final Fight. Agora, da narrativa, acho que o grande salto é este LA Noire. Que combinação de trama e ‘tiroteio’, velho. Vc bem que podia falar sobre isso qq dia destes. Abrs.
Opa, escreverei sobre ele sim. Achei menos adventure do que esperava, mas fui até o fim com muito gosto.
Parabéns pelo Blog e pelo ultimo artigo da Tec, me identifiquei muito com ele. Já torrei mesada jogando MGS e Ghost’n’Goblins. []’s
fala doooiiido….
e ai velho beleza.
nossa cara voce nao mudou mesmo, continua viciado em jogos e tudo mais heim..rsrsrs
manda noticias cara,
um abraço irmão.